terça-feira, 25 de outubro de 2011

SHORTBUS


Sinopse:

Sofia (Sook-Yin Lee) é uma terapeuta de casais que nunca teve um orgasmo. Entre seus pacientes estão James (Paul Dawson) e Jamie (PJ DeBoy), que mantém uma relação que começa a dar passos maiores. Há ainda Severin (Lindsay Beamish), uma dominatrix que mantém sua vida em segredo e não se abre para as pessoas. Eles se encontram regularmente no Shortbus, um clube underground onde arte, música, política e sexo se misturam.

Ficha Técnica:

Título original: Shortbus
País: EUA
Ano: 2006
Direção: John Cameron Mitchell
Duração: 101 min
Gênero: Drama
Atores: Sook-Yin Lee, Paul Dawson, Justin Bond, Lindsay Beamish, PJ Deboy, Raphael Barker e Peter Stickles.
Formato: DVDRip.XviD
Disposição: Torrent

Meu comentário:

Filme muito bom, com excelente atuações, trilha sonora impecável, que auxilia a narrativa e desfecho do filme. Não gosto de classificar o gênero dos filmes, porque para alguns filmes isso acaba por limitá-los, e este é um caso típico. Quem assistir encontrará comédia, drama, sexo explícito, romance. O bacana mesmo é a maneira como o diretor conduziu o tema: relações amorosas aliado à superação de problemas diversos. O que te dá prazer? Bom filme...

P.S: CONTEM CENAS DE SEXO EXPLÍCITO


domingo, 23 de outubro de 2011

FAT, SICK AND NEARLY DEAD


Sinopse:

Já ouviu falar em "Juice Fast"? Pois então acompanhe a jornada de Joe Cross, um obeso, dependente de uma infinidade de "remédios", que decide mudar radicalmente sua alimentação durante 60 dias.
Baseada somente em sucos verdes, a dieta, além de altamente nutritiva, faz com que se perca peso rapidamente ao mesmo tempo que problemas como pressão alta, colesterol, diabetes e outras doenças relacionadas ao estilo de vida "fast-food" desapareçam sem ajuda de medicamentos.
O segredo é basicamente o mesmo do já exposto em outros documentários aqui elencados: Comida vegetariana, crua e orgânica.
Se isso tudo lhe soa como anúncio de pílulas milagrosas em programas de TV charlatões, veja esse documentário e mude radicalmente sua vida.

Ficha técnica:

Direção: Joe Cross e Kurt Engfehr
País: Austrália
Ano: 2010
Duração: 97 min
Gênero: Documentário

Meu comentário:

Um video de utilidade pública, fascinante e que gostaria muito que fosse disponibilizado em português-br, mas enquanto isso não acontece, quem puder assistir irá acrescentar conhecimento indispensável a uma vida saudável.
P.S: Se alguém puder ajudar com a tradução, ficarei muito grato. 


quinta-feira, 20 de outubro de 2011

ABRIL DESPEDAÇADO

Sinopse:


Em abril de 1910, na geografia desértica do sertão brasileiro vive Tonho (Rodrigo Santoro) e sua família. Tonho vive atualmente uma grande dúvida, pois ao mesmo tempo que é impelido por seu pai (José Dumont) para vingar a morte de seu irmão mais velho, assassinado por uma família rival, sabe que caso se vingue será perseguido e terá pouco tempo de vida. Angustiado pela perspectiva da morte, Tonho passa então a questionar a lógica da violência e da tradição.


Ficha Técnica:

Título Original: Abril Despedaçado
Lançamento: 2001 
País: Brasil
Direção: Walter Salles
Atores: José Dumont, Rodrigo Santoro, Rita Assemany, Luiz Carlos Vasconcelos
Duração: 105 min
Gênero: Drama
Qualidade: DVDrip
Legenda: S/L
Áudio: Português BR


Comentário:



No filme Abril Despedaçado, Walter Salles fala do naturalismo como um fato da cultura dos povos. O naturalismo faz as coisas funcionarem como um relógio suíço. A vida é apresentada como um ato regulado por determinações concretas: a luta pela terra; a família como unidade de trabalho e de combate; o princípio do prazer em um plano remoto. Há essa tirania do princípio da realidade sobre o princípio do prazer. Trata-se de uma linha narrativa que vai quebrando as resistências do espectador. Depois, o espectador entra, com facilidade, na identificação com o personagem mais trágico: a criança que escolhe a morte. No trágico, o sujeito, em nenhuma hipótese, cede o seu desejo. Nele, o desejo é a resistência ao poder. E, no entanto, há este elemento da tragédia clássica que permanece como uma interrogação ao espectador: se o herói jamais escolhe a morte, então a criança não é um herói trágico. Qual é o desejo da criança no Abril despedaçado? Ela não quer que o irmão mais velho morra! Quando este irmão mais velho vira "o cabra marcado para morrer", o irmão menor expressa seu desejo publicamente em um claro desafio à tirânica autoridade paterna. Aí, ele opõe seu desejo à existência da vida como cultura política.
Neste filme, Walter Salles usa a estética do deserto para falar de um fenômeno universal na espécie humana: a cultura política. O desejo do irmão mais novo instala a philia como um traço universal da subjetividade humana. No filme, aphilia - uma categoria política da cultura grega clássica - cai no buraco negro do écran simbólico e retorna como uma partícula que vai compor uma subjetividade que se contrapõe a qualquer cultura política. A amizade entre os dois irmãos é um elemento da resistência à ordem patriarcal, é um elemento inscrito, como sentido, nas relações de poder entre a philia e a cultura política. O irmão mais velho leva, clandestinamente durante a noite, o mais novo a um espetáculo circense no vilarejo. Na volta para casa, o mais velho é castigado duramente pelo pai. Ele paga por ter realizado o desejo do irmão mais novo, desejo que abala o princípio de realidade da ordem patriarcal no pequeno sítio rural hiper-realista. Ora, este mesmo desejo do irmão mais novo leva o mais velho ao encontro de uma jovem mulher misteriosa que engole fogo e é trapezista; ela é capaz de tocar fogo no desejo dos corpos resignados para a morte; ela é capaz de encantar o corpo e o coração dos desesperançados no vôo do trapézio; é o anjo cor de jambo do erotismo gilbertiano. E assim, os desejos são o motor de uma resistência ao poder patriarcal e ao fatalismo da existência na cultura política do deserto.
Nesse filme terno e comovente, o amarelo-deserto é a cor que, em seu funcionamento como significante-mestre desta linguagem cinematográfica, articula uma fala que remete o espectador para o universal. Além de evocar a Escritura Sagrada do deserto, ela encadeia romances e ensaios modernos: A Relíquia (Eça de Queiroz); A vida de Jesus (Renan) e outros. No Brasil, Raduam Nassar é o romancista que criou a estética do deserto no nosso espaço romanesco. No Zaratustra, Nietzsche usa a estética do deserto como um signo da aristocracia do espírito. Já Deleuze pensa o guerreiro nômade como a máquina de guerra da estética do deserto. No filme, o guerreiro nômade é a máquina de matar. Há também a máquina de morrer na figura do cabra marcado para morrer. Esta é a metáfora do povo do terceiro mundo. Neste universo de máquinas reguladas por determinações cegas, os homens e os bois-trabalhadores se equivalem. Os dois bois da moenda são os personagens que, junto com o moendeiro, mostram a equivalência, pela metáfora, entre a natureza e a máquina na esfera do trabalho alienado. E esta é a metáfora do filme que mais surpreende o espectador. Pois, é como se o narrador dissesse para o espectador: mas afinal você ainda não entendeu a nossa desgraça? Para o espectador, resta esta fórmula inquietante: sou um boi-trabalhador nesta narrativa do maravilhoso? Fórmula hegeliana do trabalho alienado. Este talvez seja o único momento que o filme age sobre o espectador como um exercício de crítica do ato de assistir uma película. O espectador do cinema industrial americano é certamente o alvo deste exercício de poder. Este espectador é os bois que continuam circulando sem parar mesmo depois do fatigante dia de trabalho ter terminado para eles. O cinema americano faz os espectadores circularem eternamente na cultura industrial como subjetividade da lógica da mercadoria. É o mito de Sísifo no discurso do capitalista.
É admirável encontrar em um filme a construção, tão bem realizada, de um conceito de cultura política. E no filme, o espectador tem a experiência simbólica da sua cultura política. Para o espectador, o filme realiza a inscrição da sua cultura política no espaço simbólico universal. Neste riacho da caminhada, o espectador não é mais um espectador, ele é o sujeito que vive, com os personagens, a experiência da tragédia pós-moderna na superfície da cultura política. Neste plano do filme, o sacrifício não advém do dever, do supereu; ele não remete o espectador para a esfera do dever da sociedade burocrática, ele é a vontade do ego modelada pelo desejo das criaturas maravilhosas que habitam a narrativa de Abril Despedaçado. No ego, o desejo e o princípio do prazer existem como fenômenos universais que dissolvem a ordem patriarcal; e fazem o espectador esquecer da ordem burocrática. Seria isto também uma alusão ao fim do poder repressivo na contemporaneidade? No Freud moderno, o supereu é a in poder repressivo. Talvez uma das idéias do filme seja a de dar novos usos para o supereu freudiano em crise. Há uma cena na qual o riso da família - a mãe e os dois filhos - faz o pai tirânico dar gargalhadas incontroláveis. O riso do pai patriarcal não é uma quebra no mecanismo fatal da cultura política do deserto? Ele não pode ser olhado como uma esperança de alteração da fatalidade secular? Na cena, o riso do pai estraga a festa de risos da mãe com os filhos. Tal riso tira o prazer do riso dos outros. A mãe e os filhos param de rir, e o riso tirânico ressoa sozinho no deserto de homens e idéias. Será que para Walter Salles, essa cultura eletrônica - que agencia o desejo e o princípio do prazer em uma escala industrial - é o riso patriarcal capaz de calar a festa da cultura brasileira?
E para o leitor cético, há a oportunidade rara de jogar esta praga da atualidade, o ceticismo, na lata de lixo do cinema. Basta assistir uma única vez a este belo e sensato filme de Walter Salles. Para quem ainda trabalha com cultura brasileira, trata-se de um filme obrigatório. (José Paulo Bandeira da Silveira)








segunda-feira, 10 de outubro de 2011

MEU IRMÃO QUER SE MATAR

Sinopse:

Harbor (Adrian Rawlins) é um homem bondoso que passa sua vida inteira tentando cuidar de Wilbur (Jamie Sives), seu irmão mais novo com tendências suicidas. Os irmãos crescem inseparáveis, até que o pai morre quando eles estão lá pelos 30 anos. De herança, a dupla recebe um sebo que vende livros. É lá que eles conhecem Alice (Shirley Henderson), que entra na loja acompanhada de sua filha Mary (Lisa McKinlay). Alice é faxineira num hospital das redondezas e vende os livros que os pacientes deixam nos quartos à medida que são desocupados. Harbour apaixona-se por Alice, fazendo com que os quatro vivam cada vez mais próximos. 

Ficha Técnica:

Título no Brasil: Meu Irmão Quer se Matar
Título Original: Wilbur Wants to Kill Himself
País de Origem: Dinamarca / Reino Unido / Suécia / France
Gênero: Comédia/Romance
Tempo de Duração: 105 minutos
Ano de Lançamento: 2002
Direção:  Lone Scherfig
Formato: AVI
Áudio: Inglês
Legenda: Português BR 

Crítica

Meu Irmão Quer Se Matar apresenta um humor agridoce numa trama envolvente e emocionante. Não existe maniqueísmo por aqui e os finais felizes estão longe do convencional. Ao colocar lado a lado dois irmãos tão diferentes e ao mesmo tempo parecidos entre sim, o filme questiona o que é, afinal, a justiça. Que, aqui, não existe. A história parte de um ponto absurdo, representado pelo irmão que nunca consegue se matar, caminhando para o realismo livre de mocinhos e bandidos. Trata-se de uma produção digna, cujos personagens, sofridos, ficam longe do "dramalhão". Simples e tocante, Meu Irmão Quer Se Matar emociona sem se esforçar muito e esse é o mérito da produção, repleta de boas interpretações. (Angélica Bito)


terça-feira, 4 de outubro de 2011

O HOMEM DUPLO

Sinopse:




A história se passa num futuro, onde os EUA perderam a guerra contra as drogas. Neste cenário, o policial Bob Arctor (Keanu Reeves) é um dos muitos agentes que cederam ao vício de uma popular substância química que divide a personalidade dos usuários em duas. A situação se complica quando o alter-ego de Bob Arctor, Fred (Keanu Reeves). O traficante passa a ser caçado pelos segmentos das polícia comandado pelo próprio Fred... O filme foi rodado com a mesma técnica utilizada em "Walking Life" 2001, também dirigido por Richard Linklater, na qual os atores filmam normalmente suas cenas e depois são transformados em animação. No elenco, além de Keabu Reeves, estão: Winona Ryder, Robert Downey Jr., Woody Harrelson e Rory Cochrane.


Ficha Técnica:


Título Original: A Sacanner Darkly
Gênero: Ação/Animação
Direção: Richard Linklater
Tempo de Duração: 100 min.
Ano de Lançamento: 2006
Qualidade: DVDRIP
Formato: AVI
Áudio: PT BR
Legenda: S/L