sexta-feira, 17 de maio de 2013





DOGVILLE


O Ser Humano deve buscar, antes de tudo, sua emancipação. A princípio pela educação, que abre portas, toca os corações e permite que as pedras do caminho possam permitir desvios e saltos. A segunda grande jornada, a meu ver, é realizada com a busca do conhecimento – um conhecimento que surge ou deve ser forçado a emergir juntamente com a curiosidade. Uma curiosidade de saber o que se passa no mundo ao seu redor, na mente das pessoas que faz ou fará parte do seu convívio, direta ou indiretamente, e o maior auxílio que pode vir ao encontro deste Hércules são os livros, a maneira mais rápida, embora árdua de adiantar-se aos acontecimentos e que conciliados ao tempo e aos relacionamentos interpessoais produz a sabedoria. A independência financeira vem automaticamente após estas fases e, embora digam que dinheiro não traz felicidade, não vivemos na antiga União Soviética, Cuba, e felizmente na Coréia. É a partir dele que conseguimos a maior de todas as emancipações que é a dos Outros, que como diz Sartre “é o inferno”. Com ele podemos adquirir os bens de consumo tão valorizados no mundo capitalista, podemos nos impor enquanto seres humanos dignos de respeito, e principalmente, podemos escolher nossos caminhos sem estar à mercê dos desmandos daqueles que dispõe da famosa ajuda católica – aquela em que as boas obras são apenas um meio para a obtenção da vida celestial, ou instrumento de barganha com seu deus. A emancipação intelectual passa a ser uma forma de sofrimento, fazendo uma analogia com Édipo, mas o único meio de sobreviver entre os lobos.

Polansky.   

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